Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Horas que os atormentam
Roubos que os alimentam
O dia é um tormento
A noite, um alento.

Olhos tristes, em lágrimas afogados
Sorrisos a tempos desperdiçados
Mãos sujas suadas
Roupas rasgadas
Marcas de uma longa caminhada.

No rosto, ainda a expressão de criança
Mas tanta necessidade os fazem perder a esperança.
Uns passam, dão um trocado
Outros quando os vêem, correm para se esconderem

Sua necedade aumenta com a idade
Pois escolas não frequentam
Aprender nem tentam
Deus, também não sabem onde está
Às vezes não lembram de rezar

Pés no chão
Famintos de compaixão
Maltratados de coração
Pelas ruas vão...

(J.L.)

* Fiz este poema 13 anos atrás ...


Longe da compreensão de mim mesma
Não pergunte pela música, nem pela dança
Traída pela arte, ferida pelos tons
No embalo da dor que virou tormento

Eu não sei dizer os porquês
Existe tanta ausência aqui dentro
Na sensação de usurpação da tristeza
Do que me foi tirado sem dó

Eu tentei questionar e dotado de poder veio o mal
Que vem e destrói, vem e cega, vem e rouba...
Acomete bons corações e deixa perturbações
E deixa consequências como eu

Não tenho dúvida do que quero, nem do que sinto
Mesmo que meu momento seja sem sons para dançar
Estou com os pé doentes, machucados, nós na garganta...
Tal calamidade abateu-me

Feridas expostas para não me enganar
Para não fugir, nem maquiar nenhuma situação
Não sei esconder minhas expressões
Só sei que agora não consigo cantar nem bailar.

(J.L.)



Nada me tem durado
Tudo se vai ou se foi
E fico eu, sozinha

É tão duro a despedida
Você não sabe o que foi de você
Com o outro...

Pode ter ido algo
Pode não ter deixado nada
Isso depende das atitudes tomadas

Eu espero ter lançado boa semente
E que, se a lembrança um dia tomá-la
Seja de respeito e saudade

Saudade não do que sou
E sim do que fiz
Porque é o que faço que deixa marcas

Lembrarei de tua serenidade
Tua dedicação e simplicidade
E certamente deixaste muito de ti

Como não me contento com despedidas
Eu prefiro acreditar no teu caminho escolhido
Vá, sabendo sempre que tem seu lugar em mim.

(J.L.)


De longe eu fico

E é escolha própria

Já cansei de estar por aí

Não quero mais mostrar-me

Eu prefiro meu canto

Lá eu medito

Eu leio, escrevo, choro

E ninguém pode ali me encontrar

Fico sem falar

Sem cantar, nem dançar

Só dança quem consegue se alegrar

Eu prefiro silenciar

Virei ostra no vasto mar

E não me tenho saudade

Na tentativa de criar a preciosa pedra

Eu prefiro meu canto.


(J.L.)



Quando me vem o silencio

Nas noites intermináveis

Povoadas de pensamento

Que chegam para calar apenas

Quando me vem a tristeza

Torpeza da fragilidade

Alimentada pelas lágrimas

Que rolam na alma sem paz

Quando me vem o infortúnio

Do que sou pelo que não sou

Registrados na essência

Que flagela o ser sem compreensão

É quando vem tudo e mais um pouco

Do que me dói e tortura

De quando sentido não mais se encontra

E que buscas são vãs e só se espera o fim

É quando me cai a insônia da madruga

Revestida de real morte em vida

De uma vida sem vida

Sem cores, nem sons, nem palavras

Já não sou quem procurava ser

Para ser o que me fizeram

Roubada dos sonhos, do tal amor

Ser apenas a melancolia da história minha.

(J.L.)



Hoje aquela dor veio sem demora

Sem explicar, mas ele chora

Chora meu coração amando

Chora meu coração, chora...

Hoje, com os primeiros raios de sol

Com o primeiro abrir dos olhos

Veio aquela dor doida de amar escondida

Chorou meu coração, chorou...

E por que chora coração?

Por que chora?

Não sabes tu que é proibido?

Senão, não amarias escondido?

Ainda tens esperança?

Por que não se torna uma vaga lembrança?

Ah, Coração que não se cansa de amar...

Que mesmo sofrendo, sabe esperar, sabe renunciar...

Assim Ele ama, ama, ama...

Assim Ele chora, chora, chora...

Pelo que não tem

Pelo que talvez nunca terá

Meu coração sabe

Mas sempre fico a perguntar:

Por que chora coração?

Por que chora???

(J.L.)



Por que usá-las?

Elas são a continuação

Do que não posso escrever

Do que não posso entender

Do que não posso fazer...

(J.L.)



As vezes não sabemos como
Tudo parece distante
Chove lá fora
Chove dentro de nós

Não sabemos como
Mas o amor se reconstrói sempre
Mesmo diante da decepção
E por vezes diante de nãos

O amor é assim
Toma conta sem fim
Não sabemos como
E sempre renasce em mim

Eu queria afastá-lo
Às vezes é bem melhor
Sair desta dor que consome
Deste sentimento com nome

Quem não sabe não sente
Que sente não esconde
É verdade, não se esconde o amor
Ele se mostra a cada instante

Basta eu achar que não preciso
Para sentir falta de ti
Faz falta em mim
Não faço falta em ti

Amor é bem assim
Nem sempre amamos quem nos ama
Ama-se apenas
Vive-se pela esperança infinda do verbo amar.

As vezes não sabemos como...

(J.L.)


Vou para a chuva

Querendo que ela leve de mim muita coisa

Penso que pode lavar minha angústia

Meu peito destruído e cheio de resquícios

Penso que ela pode fazer isso

E fico ali...Esperando...

Ser lavada...

Tenho medo dos raios

Escuto os trovões

Ainda penso que ela tem esse poder

E o máximo que consigo

É uma noite de febre

E cheia de delírios.

(J.L.)



Hoje pus-me a refletir sobre o AMOR que CONSTRÓI. Aquele AMOR que deixa o outro livre para fazer suas escolhas.

Sentimo-nos muito bem quando dizemos que algo é nosso.

- Ah, essa blusa é minha!
- Esse sapato é meu!
- Ele é meu amigo!
- Ela é minha namorada!

Incrível este nosso sentido de posse!

As vezes queremos até mandar nos pensamentos, nos sentimentos dos outros.

Pobre de nós! Exigimos tanto respeito e não sabemos respeitar as pessoas que amamos porque nos sentimos donos.

Chantageamos, intimidamos, reclamamos, exigimos, porém, dizemos que amamos.
Que amor é este que não constrói?

Que amor é este que o outro aos poucos destrói?

AMOR EGOISTA! Aquele amor que não pensa no outro. Ele quer se sentir bem, não importa como, faz sempre o que quer para satisfazer a si mesmo. Ele quer ser amado mesmo sabendo que não ama da mesma forma. Ele quer atenção e só presta atenção no outro para poder exigir atenção. Ele quer satisfação mas não quer satisfazer. Para quê? Está tudo bem pra ele! Ele quer renuncia, você tem que deixar o que tiver porque ele é o mais importante. Ele não erra nunca, está sempre certo.

AMOR EGOÍSTA deixa o outro muitas vezes com AMOR BOBO.

AMOR BOBO que quer entender, que quer ajudar, dar atenção, que quer amar, porém, sofre, sofre e sofre porque por mais que tente nunca é o suficiente para o AMOR EGOISTA.

AMOR BOBO chora, grita, fica sufocado, preso, dependente, escravizado. Vez por outra ele pode acordar e se transformar em AMOR PROPRIO, outras ele pode continuar a acreditar que um dia vai mudar... um dia... mas um dia pode cansar.

Nenhum constrói o outro assim: EU quero = VOCÊ faz. Nenhum dos dois são livres e nem podem ser felizes porque não há construção do outro. Ninguém é perfeito por isso o AMOR tem que ser CONSTRUTIVO e não exigido, tem que ser explanado, conversado e concordado de ambas as partes. Renuncio eu, renuncia você,mas sempre haverá aquele que se dedica mais e nisso é preciso cautela para não se transformar em AMOR EGOISTA.

O outro não é você e não faz e nem sente da forma que você sente. O outro é o outro! É aquele que junto comigo pode construir outros. Porque é fácil pensar em MIM mesmo, porém, quando existe uma outra pessoa é preciso pensar em “ NÓS ”.

Para ser feliz ao lado de alguém é só não esquecer o EU + VOCÊ = NÓS, daí já é uma construção.
Muitas das vezes nossa conta tem sido errada, na soma tem dado mais o “ EU “ e é ai que esquecemos que o outro tem sentimentos. Para mim, é só nessa hora que o AMOR fica cego, quando não é capaz de ver o bem e o AMOR que o OUTRO lhe traz.

(J.L.)


Eu chorei o que não podia

Eu chorei o que não devia

Eu amei o que não posso e nem devo

Por isso eu chorei...

Eu chorei meu erro errado demais

Eu chorei meu pranto doído de doer

Eu amei o errado, eu errei no amor

Por isso eu chorei...

Eu chorei por minha esperança

Eu chorei até por ser especial

Eu amei a ilusão de que podia ser especial

Por isso eu chorei...

Eu chorei também a lembrança

Eu chorei a desconfiança

Tudo porque amei sem cobranças

Por isso eu chorei...

Eu tento rir na convivência

E por dentro derramo lágrimas sem cessar

Eu chorei e choro a dor de amar...

(J.L.)




"E não encontro Deus se não buscá-lo.
E não existe busca de Deus se não há renuncia de mim mesma."

(J.L.)



O hoje é o dia mais importante

Não importa o ontem

Nem o amanhã

O hoje é que me dará o amanhã

E me permite refazer o que ontem não deu certo

Se há vontade

Se há desejo

De recomeço

De amar

O hoje é que importa

Não o erro de ontem

Nem o que talvez aconteça no amanhã

O amor vale mais que qualquer erro

É perdoando hoje

Amando hoje

É o querer acertar hoje

Que me dará grandes possibilidades

Cada dia com sua vivencia

É assim, penso eu

Se tomamos a estrada errada ontem

Hoje podemos pegar o retorno

Não importa os desencontros

E sim o encontro que podemos fazer agora.


(J.L.)



Não quero lhe falar, Meu grande amor,
Das coisas que aprendi Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
É menor do que a vida de qualquer pessoa..

Por isso cuidado meu bem há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração...

Já faz tempo eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida na parede da memória
Essa lembrança é o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando...
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei que quem me deu a idéia
De uma nova consciência e juventude
Tá em casa
Guardado por Deus contando vil metal...

Minha dor é perceber que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...





Cristo:

Toma a tua cruz e segue-me
Toma a tua vida e doa
Toma o teu coração e ama o irmão.

Eu:
Senhor não posso mais suportar
Esta cruz que eu estou a carregar
Minha vida e me coração
Sem amor, sem o perdão

Senhor não posso mais suportar
A tristeza que invade o meu olhar
Eu preciso agora falar
Nem a Ti eu consigo encontrar

Cristo:
Eu ouvi teu clamor, tua dor
E conheço bem tua angústia e rancor
Sei que teu julgo tem pesado demais
É por isso que vim trazer paz

Vede os cravos em minhas mãos
Vede os espinhos e então
Vede a cruz que carreguei
Vede o Amor com que te amei

Quando não puder suportar
Chama por mim e venho ajudar
Toma a cruz e comece a andar
E nos calvários da vida
Sou Amor que te ensina a amar...

Eu:
Vejo os cravos em Tuas mãos
Vejo os espinhos e então
Vejo a cruz que carregou
Vejo o Amor com que me amou

Quando eu não posso suportar
Chamo por Ti e vem me ajudar
Tomo a cruz e começo a andar
E nos calvários da vida
És Amor que me ensina a amar...

(J.L.)


Levada pelo vento

Pela chuva

Pelo mar

Não sou mais que isso

Grão de areia

Levada a qualquer lugar

Pequeno

Sem causa

Sem destino

Criaste-me assim

Terra, pó

Sou assim, mais um

E só Tu Senhor sabe

O que se pode construir

Com teus grãos de areias.

(J.L.)



Algumas coisas são bem verdades

Existem os que não pensam em se redimir

Muito menos achar-se errado

São certos demais para errar

Algumas pessoas são bem determinadas

Nos erros, nos seus desejos, na sua realidade

E por isso acha que não erra

Considera-se realista dentro da irrealidade causada por si

Existem os que não aceitam o perdão

Os que nunca aceitarão desculpas

Porque são “bons” demais e pensam que não precisam

E se alguém o faz eles não compreenderão

Só alguém verdadeiramente conhecedor de erros

Saberá conhecer o perdão, as desculpas

Só o coração que sabe reconhecer-se errado

É que tenta fazer e buscar o que é certo.

(J.L.)




E que dia não tenho me lembrado?
Que dia as lembranças me abadonaram?
Só lembramos quando algo nos foi importante
Por que lembrar de ti hoje?

E isso a ti não importa
Nem minhas lembranças
Nem minha saudade
Nem minha vontade

E hoje logo pela manhã
Escorreu aquela lágrima
Do saber não poder
Do estar não poder abraçar

Hoje logo cedo o coração me apertou
Eu só pude orar, no meu silêncio
Hoje se celebra mais vida
Esta que tu decides como vai viver

Eu só pude orar e nem sei mais se sei fazer bem
Ou se algum dia eu orei como Deus queria
Mas humildemente eu pedi a Cristo
Bençãos para a sua vida.

(J.L.)


O pintor tinha muitas telas

E foi assim que ele me chamou para pintar em sua vida, a arte

Para traçar os detalhes do íntimo

As cores dos sonhos

Aos seus olhos eu bem pintava

Meu riso era o melhor quando a cor tocava a tela

As telas que me deste eram cinzas

E eu aplicava-lhes minhas melhores cores

Meu desejo era tão intenso

Fazer daquelas telas as mais lindas

Porque meu coração nunca se enchera tanto de alegria

E alegria faz diversas artes, pinta diversos quadros

E quando eu pintava um, achava-o sublime

Era sempre diferente mas não condizia aos teus olhos

As cores ali não te encantavam

E dava-me mais telas cinzas

Eu pintava, pintava

Você trocava, trocava

Tela e mais tela, cinzas...

E eu as colorias, todas

Então, já não aguentou mais minhas telas coloridas

Despediu-me e fui-me embora triste

E ficaste com tuas telas cinzas que jamais tu mesmo soubeste pintá-las

E eu deixei de pintar porque a alegria deixei de sentir.


(J.L.)



Eu olho a longa estrada

Estou nela

Andando sozinha

Eu olho ao fim

Não tem fim

Então sigo

Andando

Sem pressa

Sem esperar

Até sem querer chegar

O bom mesmo é caminhar

E ver que tudo fica para trás

Caminho até a exaustão

Sentindo as dores pernas

Doe-me ter que voltar

Para a vida que faz chorar

Para o quarto solitário

Para os poemas impertinentes

Para os pensamentos insolentes

A estrada não me pertence

Eu caminho por caminhar

Quando paro, cansada eu penso

Cansei de caminhar.


(J.L.)



NUNCA É POR MUITO TEMPO

Você constrói e demole,
Não há razão para te seguir.
Você deixou a canção sem som,
Você abandonou a história que fiz para você.
Suavemente os anjos se curvam e choram na quietude da noite.


Nunca é por muito tempo, adeus.
Sem respostas para a pergunta.
Está ao longo do tempo, adeus.
Sem piedade para a dor.
É por muito tempo - E eu não vejo nenhuma luz para o abandonado.
Nunca é por muito tempo, adeus.
Deixe passar a noite quando este sonho tiver chegado ao final.


Às vezes você sorri,
às vezes você chora e sim,
chorei por você.
Você me deixou cega no paraíso.
Você me deixou faminta pelo seu toque.
Anjos brancos como a neve correm e se escondem na escuridão da noite.

Nunca é por muito tempo...


Um dia só queremos mesmo quem não nos exija grandes pensamentos, grandes conhecimentos, grandes discursos e entendimentos.

Um dia só queremos mesmo quem nos permita sermos silencio, longe de qualquer agitação e nele nos amar mais ainda.

Um dia só queremos mesmo quem nos seja amigo, quem escute nossos desabafos, atentos, em respeito ao nosso sentimento.

Um dia só queremos mesmo um eu e um você, que juntos compartilham dores e alegrias em busca de compreensão.

Um dia só queremos mesmos quem sabe apreciar a melodia da vida, quem não nos culpe por não sabermos ainda dançá-la e que nos permita aprendê-la.

Um dia só queremos mesmo quem nos aproxime mais de Deus e só nos permite isso quem está próximo Dele.


(J.L.)




Eles buscam a luz

Eles buscam o sol

Seus olhares no horizonte

No nascente, no poente

Na certeza do que querem

A natureza me ensina

Como é preciso determinação

Como é preciso direção!


(J.L.)


“ E se quiser saber pra onde eu vou

Pra onde tiver sol

É pra lá que eu vou...”

( Jota Quest)




A saudade me tortura

E não esqueço dos seus olhos a doçura

Lembro-me de tudo que se passou

E só nostalgia foi o que restou

O meu coração te procura

Nada me faz esquecer sua ternura

Amei-o e digo que tudo acabou

Resplandecendo em mim seu olhar que encantou

Desde o primeiro instante já soube

O amor me encontrou quando conheci você

E o que faço agora para esquecer?

Se tudo me lembra você

Um dia talvez ao meu lado terei

Essa pessoa que tanto amei

Lá fundo vejo a felicidade

Insistirei...

Um dia vencerei a saudade.


(J.L.)




Alinhar ao centro


Assim somos nós

Nesta arte da vida

Teremos sempre de passar pela morte

Ela nos tira daqui

E nos leva para a eternidade

Para perto de Deus

E aqui fica a saudade, ah saudade

Daqueles com quem convivemos

E aprendemos a amar

Fica aquela lição de vida

De quem soube lutar por ela

Até o último instante

Fica aquela simplicidade

De quem com amor serviu a Deus

Mesmo sem entender alguns porquês

Fica as nossas indagações

Lembranças, recordações

De quem soube ser jovem e ser cristão

Fica o nosso luto

Mas fica também nossa esperança

De reencontro no infinito de Deus

Lembraremos com alegria
Das canções tocadas por ti
Tocadas com amor e dedicação

Filho de Deus em Deus está
Sabemos disto
Esta é a verdade que você nos ajudou a proclamar.

Acreditamos!

Isto é fé, a esperança do que ainda não vemos

E nos veremos nesta certeza

Deus te recebe com alegria

Tu que em vida soube bem servi-lo.

Saudades Eternas Amigo !!

(J.L.)



Fostes escolhida não como uma qualquer

Mas por ser bendita entre as mulheres

Seus planos talvez fossem diferentes

Mas ela preferiu confiar no Senhor

Fostes uma mulher corajosa

Quando disse sim e deu ao mundo o Salvador

Quanto as suas obrigações de mãe não tenho nem o que falar

Qual mãe por seu filho não se doará?

Sabia que era mãe do filho de Deus

Mas foi ela que pediu para Ele se revelar

E Ele, Jesus, seu reinado começou a proclamar

Sua humildade é indiscutível, pois sendo mãe do Rei

Ainda assim fez-se filha de seu filho

Fostes a mãe mulher mais forte, pois ao vê-lo pregado na cruz, chorou...

Mas mais uma vez confiou porque era a vontade do Pai

E tantos outros adjetivos posso lhe dar

Mas a paciência não pode faltar

Ela nunca deixou de acreditar

Nas palavras de seu filho

No mundo novo que pode se formar

Até o Paráclito ela soube esperar

E coroada Rainha

Instituída mãe dos homens

Por todos nós está a orar.

(J.L.)



Era de ouvir falar que eu conhecia o Amor

Foi também de a outros observar

Cada um no seu jeito próprio de demonstrar

Foi de provar o que eu julguei amor

E que não passou que pude saber que ele é livre

E que só o tem quem o permite

Porque quem coloca porém não sabe o sabor que contém

Amor, Amor!

Independente de tudo, submisso a Ele mesmo.

(J.L.)






O Preço de Uma Vida

Pe. Fábio de Melo

Composição: Selma Reis

Mesmo quando só melancolia
Viver só traz desarmonia
Sem um amor pra suportar viver
Mesmo quando a casa é oposto ao que é bem viver
E choras sem saber bem por que foi, sente
Há uma força em nós, meu grande amigo
Mais forte que ficar sozinho
No velho mundo gasto e sem calor
Estás farto de uma vida que não tem valor
E de certa nostalgia que não te deixa em paz

Quando for tocar o dedo na ferida
A força que ela tem, o preço de uma vida
De nada valerá viver
Se a gente não sonhar
A vida é só pagar pra ver

Hoje, quando o ódio move o mundo
E o silêncio toca o fundo
Com um rumor que não suporta mais
E te dói pensar que o mundo é terra de ninguém
Mesmo quando a esperança
Por si só não bastar mais

Só nos valerá se nessa morte em vida
O amor com amor pagar o preço de uma vida
Se não se sonha mais, de que nos valerá
Mesmo a quem por mal ofende
Ou que nos vende sem pagar

Quando divisar a terra prometida
A reconhecerás, o preço de uma vida
Aquele que pagar pra ver
Nunca mais vai se afastar
Nunca mais vai se perder
Nos barracos das favelas
Dessa nossa hipocrisia
Mesmo em meio às etiquetas
De uma falsa cortesia
É o anjo que te guarda
E que reconhecerás
Como a força mais ousada que há em nós
Que sonha e não se renderá

Quem viver verá a sorte decidida
O amor irá pagar, o preço de uma vida
Se não se sonhar mais, de que nos valerá
O que luta cada dia por ser em nós
O que não morrerá
Quando divisar a terra prometida
A reconhecerás, o preço de uma vida
Aquele que pagar pra ver
Nunca mais vai se afastar
Nunca mais vai se perder.





É tão incerto meu caminho

É tão concreta minha dor

É tão sufocante os tormentos

É tão distante minha paz

Todo dia dói!

Todo dia tenho o misto de choro, de raiva, de aceitação, de perdição

Todo dia penso, repenso, espero, não espero

Todo dia entendo, não entendo, sei, não sei

Todo dia ganho e perdo, vem e se vai

Todo dia é nada!

Onde me perdi eu me pergunto

Onde fiquei? Queria buscar-me

Queria encontrar-me novamente

Todo dia eu sinto saudade

Como dói o dia!

Todo dia dói voltar pra casa

Todo dia dói quando a noite chega

Todo dia me corrói o peito

Todo dia se angustia a alma

Todo dia é nada!

Todo dia me bate a solidão

Todo dia me chora o coração

Todo dia a madrugada tem me pertencido

Todo dia pareço ter morrido

Todo dia dói!

(J.L.)


Dedicado a Amiga Françoile Lopes.


Eu lembro de nós tão pequeninas

A idade mais terna e inocente de nossas vidas

Brincávamos, subíamos morros

Fui sua primeira amiga naquela cidade

Estudamos juntas, éramos confidentes

Daquele tipo de mandar cartinhas

Descrevendo ali o que sabíamos sobre amizade

Sobre nós, sobre o futuro

A distância nos separou por muito tempo

Mas sempre acreditei em nossos sentimentos

E nem distância nem tempo destrói o que se constrói bem

Estamos aqui como provas desta realidade

Ainda distantes, mas bem mais presentes na vida uma da outra

Agora é assim, nossa divisão de partilha

Por meio da tecnologia que nos reaproxima

Da amizade que não perece

Sua vida tão bem construída e corrida

Minha vida tão bem incerta e ainda por desbravar

E você tão sem tempo ainda com tempo para mim

Como na infância distante porém jamais sem esquecimento

Andei por muitos lugares e conheci muita gente

Mas eu sempre pegava aquelas cartinhas

Principalmente quando me decepcionava com alguém

Eu sempre as lia, davam-me forças para voltar a acreditar

Sempre fui assim, ligada ao simples, ao terno, às palavras...

Desde pequena que trago esta compreensão

De liberdade ao sentimento, àquilo que somos como pessoa

Sim amiga...

Foi nessa liberdade que aprendemos o valor de nossa Amizade.


(J.L.)



"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua;
existem homens presos na rua e livres na prisão.
É uma questão de consciência." [Ghandi]


Perdi a conta das noites em clara

Das lágrimas derramadas

Dos risos forçados

Dos dias passados

Perdi a conta dos conselhos

Dos entendimentos

Das orações

Dos tormentos

Aceito meus espinhos

Esta estrada difícil de caminhar

Sem mais contar

Deixo tudo passar

Cada ação tem seu momento

E se agora choro, deixo rolar

Esperando apenas a hora

Sem contar eu sei que vou levantar.

(J.L.)



Saí vagando pelas ruas

Sem destino

Coberta pelas gotas das chuvas

Pelas lágrimas incontáveis

Chovia mais dentro de mim

Tanto que encharcava

Submergia nos rios de minh’alma

Fazendo-me afogar em mim mesma

A pior tempestade é aquela travada dentro de si

Por mares desconhecidos

Do ódio, do amor, das esperanças perdidas

Dos raios e trovões temerosos da inconsistência

Sem saber para onde ir eu voltei

As vezes é bom voltar

As vezes eu não gostaria de voltar

Nunca mais, apenas ir

E assim enfrentrar qualquer tempestade.

(J.L.)


Sem querê-las

Sem detê-las

Elas vêm

Molham meu rosto

Escorrem...

Caem ao chão

E também molham o colchão

São ligeiras

Certeiras nas noites de solidão

São quentes

Correntes

Totalmente descontentes

São precisas

Incontroláveis

São lágrimas

Por dor

Do desamor.

(J.L)



"Bem aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios… antes, o seu prazer está na Lei do Senhor"
Salmo 1:1-2



Alguns buscam a paz enquanto outros fazem guerras e plantam o medo, o terror e matam inocentes e estão a destruir cidades, famílias...

Um grito de paz ecoa! Mas parece não fazer diferença.

No anseio de ser poderoso, de chegar onde ninguém chegou, de querer entender tudo sem entender que para se viver antes é preciso que a paz esteja em nossos corações e que o mundo somos nós que construímos..

É! E o que fizemos com o nosso mundo?

Já parou para se perguntar?

Eu vejo o egoísmo brotar do intimo do homem, corrompido por seus desejos fúnebres, de satisfação. O homem tomou suas asas para voar, não quer precisar mais de Deus, basta-lhe o seu conhecimento, aquilo que lhe atrai e lhe é conveniente.

Sim, o mundo precisa de paz porque os homens se perdem dentro de si.

Eu esmoreço de ver os jovens se perdendo nas drogas, de ver perderem suas vidas por vícios e por frustrações, porque já não existe coragem para lutar. Lutar pra quê? Em nome de quê?

Eu vejo a educação não fazendo seu papel e transformando alunos em repetidores de informações sem terem consciência do que podem desenvolver, eu vejo os educadores voltados para os seus prazeres e esquecerem a moral. Mas que moral? É , ta tão difícil que já não se falam mais das boas condutas, porque o normal é ser esperto e ser esperto é passar os outros para trás, essa é a cultura implantada goela a baixo de nossas criança e nossos jovens.

Eu vejo a saúde morrer, enfileiradas nas filas de hospitais, sendo maltratados por “profissionais” da área e que não demonstram um pingo de sensibilidade, a não ser que você tenha dinheiro para ser “tratado” como deve.

Eu vejo as leis regirem as atitudes que deveriam ser de livre consciência, como dar um assento no ônibus para uma pessoa idosa ou deficiente.

Eu vejo os pastores perdendo seu rebanho por não saberem acolher seus fieis, porque a religião é aquela que deve nos conduzir a sermos imitação de Cristo ,e Cristo não fazia o que a maioria faz hoje.

Eu vejo a falta de oportunidade, criado por um sistema governamental que rege nosso país, que dá tanto dinheiro pro carnaval enquanto nossos sonhos de pátria tão antes requeridos com sangue e suor, desfilam nas avenidas fantasiados quando muitos morrem de fome.

Eu vejo o mal do século XXI trazendo a forte onda de um futuro mesquinho, de pessoas sem sonhos, sem projetos, sem anseios de amanhã, trancadas dentro de si, remoendo entulhos imaginários de rejeição, solidão e desesperanças, tudo por falta de humanidade.

Assim exponho alguns desejos meus e talvez seus:

Desejos de paz!

Paz para o meu e para o seu coração.

Desejos de esperança que tudo renova!

Desejos de Amor, que ama o próximo!

AGAPE!


(J.L)