Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!







Aprendi a viver só, no meu mundo
Sem culpas, mergulhada em mim
Mas também sem egoísmos
Fazendo o melhor que posso

Deixando pequenos sorrisos
Alguns abraços a quem desejar
Conselhos a quem me escutar
Não mais que isso, porque sempre tive pouco

Aprendi a cantar para mim
Chorar para mim
Amar para mim
E perdoar-me por meus silêncios

Felicidade foi encontrar meu próprio equilíbrio
De não ter ninguém apenas eu mesma
Para sanar minhas decepções
E seguir em frente sem olhar atrás.

(J.L.)





A lembrança era ouvir o som da chuva
Então podia suspirar e sentir o cheiro
Podia fechar os olhos e sentir o toque da mão
E entender cada olhar pelas palavras não ditas

É um passado que se faz presente
Querendo tal amor
Recordando os momentos perdidos
Os sentimentos sufocados

Como tem poder o chuá lá fora
Remexendo tudo dentro de mim
Instigando profundamente a memória
Revivendo o amor que marcou minha história.


(J.L.)



Hoje senti uma grande vontade
De estar envolvida no seu abraço
De querer tocar seus lábios
Ouvir teu coração bater

Senti vontade de acariciar teu rosto
Deixar minhas mãos deslizarem em teus cabelos
Fechar os olhos e sentir teu cheiro
Abrir os olhos e encontrar-me nos teus

Senti vontade de estar pertinho mesmo
Encostando a cabeça em teu colo
Sentindo a respiração no peito
A maciez da tua pele

Senti tanta vontade de você
Da docilidade que esconde
Mas sou somente assim
Vontade que não se confessa.

(J.L.)




Nunca acreditei na tormenta
Sempre acreditei na paz do sentimento
No acolhimento terno
Na liberdade que se pode dar a quem se ama

Não temos ninguém para a gente
E nada pode garantir eternidade
A não ser a certeza de que pode mudar
E mesmo assim ainda continuar amando

Porque se verdadeiro não muda
Pode passar por fases
Como as estações
Nem tudo é primavera!

Aquela loucura cega nunca me pegou
Jamais me iludi com promessas
Só posso garantir os meus sentimentos
Não tenho domínio sobre outros

Sonhos se desfizeram em meus olhos
O amado escorregou pelas minhas mãos
Mas nada me pertence
A não ser o amor que em mim floresceu...

(J.L.)