Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!








Não é fácil ser luz. Não é fácil manter a chama acessa. Nem tão pouco o ânimo e bom humor. Por mais que tenhamos algum conhecimento e compreensão de nós mesmos e das coisas as quais seguimos.

Há dias escuros onde nossa vela chega a querer se apagar. E sabendo disso pude perceber, sentir e ver pessoas que reacendem em nós vigor e alegria, pessoas que contagiam com sua fé, suas palavras e sabedoria.

Elas estão em todos lugares, conhecidos e desconhecidos, mas que cruzam nossos caminhos e clareiam, sim, simplesmente clareiam, a mente, o coração, a vida...

Todos nós um dia precisamos de outro alguém que nos fale, nos ouça, repreenda ou aconselhe, mesmo quando achamos que não precisamos e acredite, eu penso que esse é o maior cuidado de Deus para conosco, quando nos envia alguém para ajudar a manter viva a nossa chama, porque Ele sabe que há muito para iluminar.

Quando as trevas da incompreensão, da solidão ou da tristeza nos abater peça sempre à Deus a graça de poder enxergar sua luz, porque Ele sempre envia, mas precisamos está atentos. Que Seus cuidados não nos passem desapercebidos para que nossa luz resplandeça e assim possamos dar continuidade, iluminando também a vida dos que cruzam nossa vida.

(J.L.)

Imagem: @ofelipeguga







Sempre que puder, esvazie-se, e encha-se novamente de coisas boas. Deixa para lá todos os pesos.
O passado já é conhecido, retire dele o aprendizado, mas não o carregue nos ombros ou o remoa diariamente, nada é igual, mas se trazemos o passado não somos capazes de viver o presente.

O futuro é improvável, fazemos tantas teorias sobre ele, mas ele não é, viver pensando o que vai ser é viver ao léu, ancorado em medos, à deriva de um mar desconhecido, podemos fazer planos, mas acredite, estamos sujeitos ao agora, que não nos garante nada, estamos sujeitos ao tempo que nunca manda recados.

Só o agora é real, só o agora posso escolher, só o agora é o limite de espaço na linha do tempo onde posso definir melhor, amanhã é outra coisa, o hoje é viver, mas não viva o agora do ontem, nem o agora do depois, viva o presente momento, o que temos de bom, permita-se enxergar o que se apresenta para nos acrescentar.
 
Vai aprendendo com as labutas diárias, isso será bom no amanhã, quando a gente puder olhar o passado com leveza, sem culpas, sem peso, lembrando que tentamos escolher o melhor para sermos felizes.

Agora é! O melhor momento para sermos quem queremos ser, o melhor momento para estar com quem quer nossa presença, para viver e acolher o novo e aprender sobre o que diariamente nos faz feliz, é disso que devemos nos encher. Flutuemos, elevemo-nos.
 
Chega de viver o que não é, o que nunca foi, o que nunca será. A vida é agora! 
E amanhã se eu continuar por aqui, quero poder dizer a mesma coisa.

(J.L.)






Essa questão talvez não chegue a tantas percepções. Pensar que nascemos e podemos conviver com as pessoas, mas pensar que somos sós, fazendo jus ao um velho ditado que diz: Nascemos só, morremos só.

Passamos a vida procurando adições, quem nos compreenda, quem queira a nossa presença, quem dedique um pouco do seu tempo a nós e vamos ficando... na busca de outros nos abandonamos...

Às vezes até aumentamos nossa solidão, pois que adianta está junto de tantos e distante de si mesmo?! Quando precisamos abrir mão de tantas coisas para muitas vezes sermos aceitos. É por isso que disse que isso não chega a muitas percepções. São raros os que se sentem bem consigo, os que não precisam vestir mascaras para serem aceitos, os que se alegram com suas conquistas ainda que ninguém esteja lá para dizer: Parabéns! 

Na busca de complementos, vamos nos despedaçando e é tão difícil fazer cicatrizar esses pedaços, porque serão muitos poucos os que te ajudarão a juntar, às vezes não terá ninguém mesmo e precisamos de alguma forma recomeçar. Não me é estranho isto, já me despedacei e me reconstrui, já me reinventei muitas vezes, nunca foi fácil, foi sempre muito doído, mas foi possível. 

Sempre peço força e sabedoria, para que eu nunca culpe outros pelas inúmeras complexidades do meu ser, sempre peço para que eu enxergue as mãos estendidas que se lançarem a mim e que se não tiver nenhuma naquele momento eu mesma compreenda que ninguém tem a obrigação de está lá e que eu não posso esquecer de mim mesma, que todos podem não ver, eles tem esse direito, assim como eu tenho e devo me enxergar sempre.

Está só, sem outros, mas está comigo, é melhor que está com outros e ainda não se encontrar. E só quem se encontra consegue ser aconchego e acolhimento, só esses é que penso que estendem as mãos, são pessoas raras, já encontrei algumas, do tipo que sabe dá sem esperar receber, pois essa é a verdadeira definição do Amar o outro. 

Busquemo-nos!

(J.L.)


Cansa-me os medos
Cansa-me as metades
Cansa-me os pouquinhos
Sou do desafio
Sou do inteiro
Sou do mais
Não sou do exagero
Mas sou do que quero
Com vontade!
O menos dá golpes frios
E cansa a vontade.

(J.L.)