Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!





Quando os olhos se perdem no horizonte
Interrogando a vida
O sentido ou que prazer ela dar
Ou é ela que não vale a pena
Ou sou eu que não sei apreciar

E perco-me...
Nestes pensamentos...
Vagos...
Hora com sentido...
Hora sem nenhum...

Apenas a palidez mórbida do nada
De não haver definição do sentir
Nem alegria, nem tristeza
Apenas vazio...


(J.L.)


E se viver for por tanto
Passar por esta vida
Que farás tu, ó alma, para bem seguir?

Que valores, que virtudes deseja?
Que sonhos, que coragem precisa ter?
Que limites imporá a si próprio?


E como?
Como chegará ao fim
Do que será eterno?

( J.L.)


Surpreendo-me pensando em coisas passadas, escolhas mal feitas ou bem feitas, sei lá, mas escolhas. E tudo acontece em torno disso, das nossas opções.


Tantas coisas que passei, que se pudesse voltar ao tempo e tendo ciência do que aconteceria, faria diferente, tem horas que eu gostaria de mudar o passado, porque o arrependimento bate forte e se pudesse fazer mágica, eu faria, ou simplesmente se pudesse escolher dizer um não ou algum sim que não disse, diria.


Como mudaria! Isso não é lamentação! Não, não! É simplesmente perceber quantas burrices se fez, conselhos que poderiam ter sido ouvidos e promessas que nunca se deveria ter escutado. Há erros que são tormentos... não se apagam com uma noite de sono. Perpetuam-se no arrependimento.


Penso, deveria ter mesmo vivido isso? Fazer planos, sonhar, criar expectativas, acreditar no que me prometeram, dar credito, oportunidade? Quanta coisa essa vida ensina, quantas peças ela nos prega, quantos disfarçados encontramos neste cenário e quantos circos...


Dizer que aprendi, nem posso! É singular cada vivencia, vou me surpreendendo comigo e com os outros, isso é fato... e vou mudando...  É certo que gostaria de apagar algumas escolhas de antes e hoje só posso ter a determinação, do não quero mais, do que não serve pra mim, do que não preciso pra ser feliz.

(J.L.)





Faça sol ou faça chuva
E meu coração trancado
Submerso em solidão

Diria que tua falta me consume
Que a distância entre nós me corrói
Que a saudade me entristece

Não é que não sei viver sem ti
Que entenda meu coração isso
É que viver assim, sem ti, perdeu a graça

E tudo é apenas rotina
Do que preciso fazer pra continuar vivendo
Respirando sem viver.

(J.L.)