Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!








Que se vá essa mórbida tristeza
Enraizada pela perda de quem amei
Pois cansados estão os olhos
Das lágrimas derramadas
E contidas no coração solitário

Que se vá essa esperança cega
Do amor que não me amou
E aos beijos ficou
E aos beijos traiu
E aos beijos desertou

Que vá ao véu e grinalda
A brancura da pureza
Do amor impedido do sim
Por um tempo corrompido
Pelo medo de ser feliz.

( J.L.)



Ler teus olhos
E decifrar suas ênfases
Seus possíveis talvez
Seus desejos incompletos
Suas limitações controladas
Seu fim com reticências

É assim? Seria assim?
Penso eu. Pensa você
E vai ficando no olhar
As vontades sufocadas
Do que não vivemos
Do que não podemos viver.

( J.L.)



Às vezes chega a doer
Poetizar esta vida
Vida minha
Escrever

E contar os sonhos
E rimar as dores
Sem deixar a esperança
Mesmo diante do cansaço

Perder amigos
Esperando um dia reencontrá-los
Sentir a saudade apertar o peito
Por ausências tão, tão distantes

E ver tanta injustiça
Injustificada
E tentar desejar o bem
A quem me fez chorar

Falar deste coração
Magoado, arisco, temeroso
Da vida que aqui se acumulou
Experiências de tantos dias

E às vezes nem saber o porquê
De estar aqui
De não me sentir daqui
E querer sair de mim.

(J.L.)






Presta atenção nesta canção que vou cantar
Muitos de vocês, talvez já viveram ou vivem algum amor
E é tão bom quando começa  com um olhar
Quando não sabe como aconteceu

E nem se mede nem tempo nem espaço
Pra se estar junto, para os beijos e abraços
E não se importa com conselho ou coisa assim
Com criticas, caras feias, tudo que pode ruim

É começar sentir felicidade
Por sair de uma solidão e ter com quem contar
E nem saber como é ter alguém tão perto
Pra levar ao médico e te apoiar em alguma dor

É ter para quem ligar no final dia
E esquecer sua rotina de trabalho
Do stress dos estudos
Falar manso, com cuidado, com o seu amor

Parecia tudo tão perfeito
Fazia planos de casar
De viajar pra algum lugar
E confesso eu tinha medo

Passou o tempo e ele mesmo me mostrou
Que o que cresceu em mim nele terminou
Que há formas de sentir e de saber amar
E quem aprendeu lidar esse sim soube compreender

Fui ficando diferente sim não tinha mais olhos para mim
E perdeste-me em algum lugar
Quando teus olhos se desviaram
E seu coração duvidou que o amor é exigente

Mas essa canção é para que possa então lembrar
Que um amor pode enfim acabar
Que um não é dois nem dois é um
E pra permanecer os dois tem amar

Mas essa canção é pra que eu possa então lembrar
Que há palavras que nunca irão falar
Que o amor permanece
Em quem de fato soube amar.

( J.L.)






É engraçado como certas coisas acontecem justamente como imaginamos.
Basta olhar e ver, perceber,que algumas coisas nunca dariam certo e que outras poderiam ter dado certo e que em algum momento escolhemos o errado sabendo que era errado e que jamais teriam bons frutos.

Um dia escutei uma frase que dizia assim:“O que começou errado dificilmente dará certo.” É bem assim, pior é que sabemos disso, mas insistir no erro é típico de quem é teimoso mesmo, de quem quer ir contra tudo e contra todos, pra mostrar ou querer provar pra si mesmo que você sabe exatamente o que está fazendo. Ai quebramos a cara, perdemos o que não era para perder e escolhemos o que não era pra escolher.

Não é difícil tomar decisões assim, é mais capricho que sentimento verdadeiro, é mais ego que sinceridade, é mais prazer que a constância do amor sereno.

E perdemos. Perdas irresgatáveis. Uns ainda aprendem, outros continuam achando que sabem o que fazem e esses continuarão perdendo sempre. Eu disse: Sempre!

( J.L.)