Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!





Como andarilho seguia
Triste e solitário porque é o destino
Andar até encontrar sua sepultura
Já trazia demasiados pesos
Que nem lembrar mais queria

O passado era marca profunda
E no peito tinha cicatrizes
Por hora lembra da coragem que teve
Por resistir com bravura
Por ser quem era e ainda ter ternura


Lutou, lutou e por isso repetia a si mesmo:
"A vida é luta! A vida luta!
Que me resta a não ser deixar meu sangue
Ver meu corpo calejado?!
E não me perder em minha procura."

Era sua melhor companhia a noite escura
Como se fosse parte dele mesmo
E quando olhava as estrelas pedia
Para que a própria vida brilhasse neste dia
Porque a felicidade ele não temia

Ele ia, ia, ia...
Sabia qual era o destino de todo homem
A muito tempo ja entendia
Dos males e bens compreendia
Ele sabia o que queria

Era o fim, mais um fim!
Mais um enterro diário de quem ele foi
Sepultava-se todos os dias
Ser o mesmo de hoje, amanhã ele não podia
E renascia, só para viver um pouco mais.

(J.L.)

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