Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!





Penso um milhão de vezes em fazer uma coisa
Pra no momento tudo se desfazer
Porque se esbarra na opção do outro
E o outro não está sujeito a mim

Não tenho o direito de exigir nada
Não devo exigir que se adaptem às minhas vontades
Nem aos meus quereres, planos ou sonhos
Cada um tem suas escolhas

E eu rezo para que possamos apenas nos entender
Na busca do que queremos para nós
É assim, caminhar junto requer olhar na mesma direção
Mesmo com opiniões contrárias

Porém se quiseres minha presença a terá
Se quiseres ir, va
Se quiseres ficar, fique
Mas por favor, também não me impeça de alçar voo

Não me prenda a sentimentos baratos
Eu anseio por profundidade, altitude e por liberdade
Tudo que existe em mim é livre
Independente de qualquer outros.

(J.L.)



"Eu penso que meu próprio pensar 
me trai tantas vezes pensando em 
quem não devo pensar." 


( J.L.)




"O Amor é completo querendo habitar
em nós tão incompletos.
O amor é o que nos torna melhores
porque melhor é o que Ele sabe ser."
(J.L.)




"É mais que um aprendizado conversar com pessoas de mente e coração aberto.
Gente que dispõe de delicadeza, que não impõe regras, que não se acha dono da situação e detentor de todo o conhecimento; 
Gente simples que distribui sorrisos e transmite paz;
Gente que escuta porque também quer aprender, que sabe das verdades que segue mas não tira o direito do outro de ter as suas, que não constrói barreiras querendo emitir apenas suas opiniões; 
Gente que sabe ser e deixa que os outros sejam. "

(J.L.)



"Nunca gostei de promessas futuras
De imaginar uma vida lá longe
Sempre gostei do perto
Do agora, do instante
Viva comigo hoje
Voe comigo hoje
E chegaremos no amanhã."

(J.L.)





Sempre falam que toda rosa tem seus espinhos
E que os espinhos fazem parte da mesma, e de fato
Se eu fosse uma rosa viveria a questionar meus espinhos
Por que eles ferem e impedem de alguns chegarem até mim?

Espinhos machucam os outros
Mas as rosas talvez se sintam solitárias
E repudiadas por aqueles que se impedem de ver sua beleza ou sentir seu cheiro
Há quem nem chegue perto pra querer conhecer o que ela é.


Talvez também os espinhos sejam uma proteção
Afastam aqueles que querem arrancá-la do que ela realmente é
E talvez seja melhor ficar ali com seus espinhos
E sentir seu próprio cheiro
E deixar-se admirar ao longe.

(J.L.)


Chorar em Teus braços meu Jesus
É o que eu sei fazer
Sou como filha boba
Que quando se machuca
Sai correndo para os braços do Pai.

Teu amor me acalma
Aquece minha vida
Mesmo quando dela eu quero desacreditar
E me limito a passar os dias

Chorar em teus braços meu Jesus
É o que eu sei fazer
Contigo posso ser quem sou
Frágil, delicada como uma flor

Teu amor é que me acolhe
E consola a minha alma
Que me esvazia de mim mesma
Para mostrar-me o que realmente sou.

(J.L)




Poderia falar o que quero falar
Mas não posso falar do que ainda não compreendo
E talvez nem seja compreensível
Posto que o coração explode
Mas a razão freia

Essa luta não sei quem ganha
Mas a batalha está travada
Eu queria perder pra mim mesma
Para esta consciência racional
Que empobrece meu coração

E deixar-me render pela emoção
Não resistir e persistir em lógicas
Ouvir toda canção
E dançar, morrer em
paixão.
(J.L.)

Eu vivo talvez para consumir-me em  rimas
E me deleitar em versos
Sombrios e incompreensíveis
De uma vida que penso entender

Que penso ser arte
Ou arte dela tento fazer
Criando motivações
Quando nada tenho pra me convencer

E pensando numa felicidade
Que talvez não me pertença aqui
Porque espero o inesperado
O incomum surpreendente

Vivendo sem entender
Entendendo o que pode ser
E o não ser que se faz perder
Tão logo em meu ser.


(J.L.)


Não, eu não sei o que me toma
O porquê da tristeza
E a dor que parte minha alma

Nem sei por que as lágrimas correm
E insistem em percorrer pela face
Dilatando meu coração

De repente, assim, acumulo talvez
Do dia cansado
Dos pensamentos dobrados

Do não mais acreditar do que é pra mim
Nem ter certeza alguma do que tenho em mim
Minhas eternas contradições...

(J.L.)


É o que devo aceitar! Que cada pessoa tem sua liberdade, o direito de escolher o que quer para si. Entendo que ninguém pode obrigar o outro a gostar dele, ou a ter algum tipo de sentimento seja lá qual for. Sentimento deveria ser sinônimo de liberdade.

E pensar que muitas vezes queremos escravizar as pessoas com nosso sentir. Cada um tem direto de escolher a companhia que quer para estar ao seu lado. Mas por que é tão difícil entender que em algum momento o outro não quer nossa presença?

Nem sabemos porque isso nos machuca, já que por vezes enfatizamos que necessitamos dessa liberdade. Então por que não aceitar quando é o outro que não nos quer por perto? Aceitar que ele está expressando sua liberdade de escolha.

E vejo por aí muita gente sofrendo por isso como eu. Pela rejeição de algumas amizades ou algum amor, ou até mesmo quando há outros interesses passageiros mas que machucam pela aspereza de não haver sinceridade naquela relação. E o pior é saber que quem te rejeitou depois vem como se nada tivesse acontecido. Como se você não tivesse capacidade de perceber a truculência daquele ato.

O ser humano quando olha por seu ego esquece de quem tá por perto. Creio que somente esta seja a resposta. E usar a liberdade é válvula de escape para se beneficiar pelas indelicadezas sejam elas inconscientes ou não.

O que eu queria mesmo, não é ter que ser trocada em algum momento por outra presença mais atrativa, ou não ser convidada para algum evento importante, ou pensar que sou amiga de alguém sem ele considerar, tais fatos realmente não me incomodam, pois prezo que cada um tem o direito de ter as companhias que quiserem e na hora que quiserem, mas que não houvesse a indiferença, a frieza, como se você fosse um nada e nem estivesse ali. A liberdade não me machuca eu a aprecio, mas não a use, ela não é comparsa das “horas convenientes”.

E fico triste sim, porque em minha liberdade devo entender o quanto ela é mal usada, o quanto muitos estão longe dela, mas se sentem tão senhores de si que não percebem o mal que fazem aos outros. Devo entender que tenho pensamento diferente e faço diferente e que eu vou sofrer muitas vezes por isso, porque para encontrá-la é preciso antes desapegar-se do que não é seu e é preciso continuar sendo amigo, mesmo que ninguém te reconheça como tal.


(J.L.)




Você foi quem me fez falar de amor
E me descobrir nas rimas da poesia
Suspirando pela alegria de querer estar contigo

Amar-te foi a primeira abertura do coração
O primeiro frio na barriga
A primeira noite sem dormir pensando em alguém

Amar-te foi a primeira dor
A primeira lágrima de amor
A primeira separação, mesmo sem tentar

Foi a continuação das esperanças de quando te encontrar
E me frustrar por todas as vezes que não deram certo
E foi ver o destino nos levar pra longe, pra bem longe

E sonhar por um dia poder reencontrá-lo
E viver mergulhada numa imensa saudade
Que transpassa a alma
E volta ao passado toda vez que uma chuva caí.


(J. L.)



E é assim,
Algumas coisas se perdem no vasto olhar
Quando nem sabemos o que pensar
E pensando , acabamos por sonhar

Mas quando esses mesmos sonhos
Se esvaem nos próprios pensamentos
Sem possibilidades, sem rumos
Fruto do desejo do coração

Aí vem a tristeza
De estar tão perto e se fazer longe
De querer  sem poder
De relutar contra seus próprios pensamentos


Insanos ou não
Coerentes ou não
Mas vivos e quentes
Perdidamente loucos.

(J.L.)



Eu poderia ter parado
Poderia ter desistido e desisti de algumas coisas
Mas não esqueci da simplicidade que necessito
E busquei-a em meu intimo
Eu revirei os pensamentos
Confrontei paradigmas
Rebusquei sentimentos
E sobrevivi aos confrontos internos
Voltei a olhar a vida, tão minha
Procurando os aromes suaves
Descobrindo novas belezas
E segui colhendo as flores diárias
Os risos discretos
E voltei sim a minha paz.

(J.L.)



Gosto do que é, mesmo em proporções pequenas.
O que não gosto é do meio termo, do indefinido, ser ou não ser, tem não tem, é não é.

Se existe não negue, mas não é justo fingir que existe, nem alimente o inexistente.
Não há nada que faça mais mal do que a repressão do ser, do haver, do existir.

(J.L.)







Talvez eu seja uma poetisa mesquinha, amo falar do amor, mas não sei amar, ou talvez não queira amar.
Talvez não saberia praticar o que penso do amor porque quando penso que sei surgem novas emoções.
Talvez eu nem saiba mesmo nada do amor porque nunca me entreguei de fato a ele.
Talvez eu tenha medo de amar e tenha medo de perder a razão.

Talvez eu ame mais a razão que o próprio amor e sonhe racionalmente em perder-me em algum amor e queira me entregar e viver o que só consigo escrever.
 É, talvez!

(J.L.)