Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!








Às vezes algumas lágrimas chegam sem nos darmos conta
É alguma ausência que dói,
Uma lembrança que aperta o peito
E nasce mais uma tristeza
E é preciso mais um disfarce
Para que não vejam meus olhos brilhando
Por escorrerem uma saudade.

( J.L.)



Quando eu me for
Não precisa me santificar
Dizendo que era uma pessoa boa
Bom mesmo, só Deus.

Podem falar das minhas zangas
Do meu mau humor
Do meu silencio fático
Das minhas criticas inusitadas
Da minha indignação e revolta
Diante de tantas hipocrisias

Podem falar que tentei
Tentei praticar a justiça
Tentei viver na verdade
Tentei ser solidária
Tentei perdoar, tentei mesmo

Tentei não julgar
Tentei olhar com esperança
Mesmo quando muita coisa mirrou
E por fim, tentei amar, eu quis amar
Eu busquei amar

E se eu não soube amar um ou outro
Foi porque aconteceu alguma coisa
Aqui dentro de mim, reflexo de atitudes
Mas acreditem
Eu ainda tentei amar.
Tentei...

( J.L.)





É verdade, digo eu
Não suporto a idéia de estar longe de ti
E conto as horas para que retorne
Ainda que não seja para meus braços
Mas que seja à altura de meus olhos

Quero te ver bem
Quero te ver por perto
Quero ouvir tua voz alta
Teus assovios de contente

Eu apenas quero te ter por perto
Por muito tempo...
Porque o próprio tempo nos surpreende
Com suas incógnitas e mistérios.

( J.L.)



De volta aos teus braços
No aconchego do teu colo
Sinto-me assim
Tão eu e tão amada

E do passado não quero mais lembrar
Do tempo de espera
Das noites solitárias
E dos dias tão vazios

Eu sempre soube do seu amor
E há os empecilhos do caminho
Que nos afastam da verdadeira felicidade
Porque o fácil te trai a visão

E é de coração aberto
Que seguro de volta tuas mãos
E do ponto que havíamos deixado
Continuamos a nossa história

De volta aos teus braços
No aconchego do teu colo
A vida recomeça
A felicidade se renova.

( J.L.)

" De todas as ideias de fracasso a
pior é aquela que não me permite
mudar e me faz refém
de mim mesma."

( J.L.)




Fala-se demais
E escuta-se tão pouco
Não há atenção no gesto
Nem no silêncio

Quem é amigo
Já não sabe o que é amizade
Se perdeu na modinha do agora
São amigos de acaso

De tempo em tempo se esquece
Passou A e passou B
E na rua quando se encontram nem mais um olhar
Um bom dia ou uma saudade dos velhos tempos

Tudo é relativo
Até os sentimentos
E eu tenho medo dessa geração
Que não tem compromisso com o irmão.

(J.L.)