Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!





Vem, em Tuas águas quero megulhar
Vem, águas tranquilas Tu tens pra me dar

Vem Espírito de Deus
Vem me renovar
Vem, com Tua palavra
Meu coração vai se animar

Vem, em teus caminhos quero estar
Vem, caminhos firmes só Tu tens pra me dar.

( J.L.)




Meu Deus!!! Como é engraçado!...
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço...Uma fita dando voltas?

Se enrosca...
Mas não se embola , vira, revira, circula e pronto: está dado o abraço.É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?

Vai escorregando
devagarinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E na fita que curioso, não faltou nem um pedaço.Ah! Então é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento? Como um
pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz - romperam-se os laços.

-
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor é isso...Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.


(Mário Quintana)


E  hoje se valoriza músculos
Pernas bem aperfeiçoadas
Uma cintura fina
Numa calça apertada

E muitos querem te mudar
Fazer de ti um altar
De beleza externa
Como se não tivesse nada a dar

É por isso que digo
Não adianta cabelo nem olhos bonitos
Quando uma palavra puder falar
Nada se compara ao ser que de fato sabe brilhar

E não precisa de roupas de marca
Esbanjar vaidade porque tudo isso passa
Procura manter dentro de ti o que afaga
Um coração bonito, uma beleza nata.

(J.L.)



Restará de mim a poesia
Tudo o que pude expressar
Mesmo quando não podia
Mesmo quando doía
E teimava em acreditar

Os versos me salvam
Das mais difíceis e intrínsecas batalhas
Das poucas esperanças
E distantes sonhos

Sou parte da rima
Descrita em saudades
Indignada quem sabe pela ausência
Mas vislumbrante pelo que haverá amanhã.

(J.L.)

Escrever às vezes me faz bem
Escrever muitas vezes me faz mal
Arranca-me lágrimas, dor
Outras vezes fortalece, dar animo

Defino-me em linhas que nem sempre irão entender
A saber, quanto de mim estou a escrever
Formulam-se suposições do que talvez nem possa ser
Sou e não sou em verso
Escrevo apenas...
Vou vivendo  e escrevendo
O que sou, o que vejo

O que entendo e o que não entendo
O que pretendo e o que nem tento
Fora, dentro, extra mim
De mim, de tantos, por tantos

Em quantos, encontros
Arte, vida, encantos
Eu tantos
Outros tantos...

(J.L.)