Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






É o que devo aceitar! Que cada pessoa tem sua liberdade, o direito de escolher o que quer para si. Entendo que ninguém pode obrigar o outro a gostar dele, ou a ter algum tipo de sentimento seja lá qual for. Sentimento deveria ser sinônimo de liberdade.

E pensar que muitas vezes queremos escravizar as pessoas com nosso sentir. Cada um tem direto de escolher a companhia que quer para estar ao seu lado. Mas por que é tão difícil entender que em algum momento o outro não quer nossa presença?

Nem sabemos porque isso nos machuca, já que por vezes enfatizamos que necessitamos dessa liberdade. Então por que não aceitar quando é o outro que não nos quer por perto? Aceitar que ele está expressando sua liberdade de escolha.

E vejo por aí muita gente sofrendo por isso como eu. Pela rejeição de algumas amizades ou algum amor, ou até mesmo quando há outros interesses passageiros mas que machucam pela aspereza de não haver sinceridade naquela relação. E o pior é saber que quem te rejeitou depois vem como se nada tivesse acontecido. Como se você não tivesse capacidade de perceber a truculência daquele ato.

O ser humano quando olha por seu ego esquece de quem tá por perto. Creio que somente esta seja a resposta. E usar a liberdade é válvula de escape para se beneficiar pelas indelicadezas sejam elas inconscientes ou não.

O que eu queria mesmo, não é ter que ser trocada em algum momento por outra presença mais atrativa, ou não ser convidada para algum evento importante, ou pensar que sou amiga de alguém sem ele considerar, tais fatos realmente não me incomodam, pois prezo que cada um tem o direito de ter as companhias que quiserem e na hora que quiserem, mas que não houvesse a indiferença, a frieza, como se você fosse um nada e nem estivesse ali. A liberdade não me machuca eu a aprecio, mas não a use, ela não é comparsa das “horas convenientes”.

E fico triste sim, porque em minha liberdade devo entender o quanto ela é mal usada, o quanto muitos estão longe dela, mas se sentem tão senhores de si que não percebem o mal que fazem aos outros. Devo entender que tenho pensamento diferente e faço diferente e que eu vou sofrer muitas vezes por isso, porque para encontrá-la é preciso antes desapegar-se do que não é seu e é preciso continuar sendo amigo, mesmo que ninguém te reconheça como tal.


(J.L.)



0 comentários: