Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!







Essa questão talvez não chegue a tantas percepções. Pensar que nascemos e podemos conviver com as pessoas, mas pensar que somos sós, fazendo jus ao um velho ditado que diz: Nascemos só, morremos só.

Passamos a vida procurando adições, quem nos compreenda, quem queira a nossa presença, quem dedique um pouco do seu tempo a nós e vamos ficando... na busca de outros nos abandonamos...

Às vezes até aumentamos nossa solidão, pois que adianta está junto de tantos e distante de si mesmo?! Quando precisamos abrir mão de tantas coisas para muitas vezes sermos aceitos. É por isso que disse que isso não chega a muitas percepções. São raros os que se sentem bem consigo, os que não precisam vestir mascaras para serem aceitos, os que se alegram com suas conquistas ainda que ninguém esteja lá para dizer: Parabéns! 

Na busca de complementos, vamos nos despedaçando e é tão difícil fazer cicatrizar esses pedaços, porque serão muitos poucos os que te ajudarão a juntar, às vezes não terá ninguém mesmo e precisamos de alguma forma recomeçar. Não me é estranho isto, já me despedacei e me reconstrui, já me reinventei muitas vezes, nunca foi fácil, foi sempre muito doído, mas foi possível. 

Sempre peço força e sabedoria, para que eu nunca culpe outros pelas inúmeras complexidades do meu ser, sempre peço para que eu enxergue as mãos estendidas que se lançarem a mim e que se não tiver nenhuma naquele momento eu mesma compreenda que ninguém tem a obrigação de está lá e que eu não posso esquecer de mim mesma, que todos podem não ver, eles tem esse direito, assim como eu tenho e devo me enxergar sempre.

Está só, sem outros, mas está comigo, é melhor que está com outros e ainda não se encontrar. E só quem se encontra consegue ser aconchego e acolhimento, só esses é que penso que estendem as mãos, são pessoas raras, já encontrei algumas, do tipo que sabe dá sem esperar receber, pois essa é a verdadeira definição do Amar o outro. 

Busquemo-nos!

(J.L.)

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