Era assim na infância, quando muitas vezes expressavam que eu parecia não ter a idade que tinha, quando passava horas conversando atentamente com algumas pessoas mais velhas, sempre olhando nos olhos, dedicando o tempo preciso, mergulhando nas histórias e experiências que cada um trazia. Aprendi muito escutando as histórias de vida dos familiares, amigos e quem pudesse me dedicar um tiquinho de tempo.
A realidade sempre me foi crua, ouvir ou viver situações duras e com isso poder estabelecer as nossas escolhas, no real, com alegria ou com a ausência dela para assim tornar nossa vida melhor. Talvez tenha sido isso, nos poucos abraços e nas poucas mãos estendidas que pude agarrar-me, que me fizeram compreender a preciosidade do Tempo, que não espera por ninguém e daí compreender que só tenho o agora, pra ser feliz, amanhã ninguém sabe não. E não é que seja eterno enquanto dure não, que me perdoe o poeta, a eternidade simplesmente permanece e o abraço sabe expressar e acolher isso muito bem.
(J.L.)
Escrito em 19 de setembro de 2019
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