Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!




 

Eu vejo aqui dois encantos nesta imagem: A arte da recepção e a arte da docilidade.
Acolher o diferente, diferente mesmo, pequeno, estranho talvez, mas que quis está perto. Quantos de nós não sabemos fazer isso quando alguém chega perto, antes mesmo que se apresente teorizamos tantas coisas mirabolantes, julgamos pelas vestes, pela cor, pela forma de falar...

A docilidade de se deixar tocar, que beleza existe aqui, quantos de nós não nos deixamos tocar, não apreciamos o momento singular do encontro, preferimos ficar na nossa individualidade, nos sentimos maiores seja em tamanho mesmo ou na nossa prepotência. Quanto perdemos em não querer enxergar as pequenas delicadezas que nos são dadas. Muitas vezes nos achamos tão merecedores que até esquecemos de agradecer, é como se os outros tivessem que nos servir. Não! Não somos os mais especiais, não somos maiores que ninguém, cada um traz consigo um jeito, uma forma e ela não tem que ser a que você quer que seja.

Quando a gente aprender a admirar as pessoas de verdade deixaremos de exigir o que não é preciso. Antes procure ver, procure o melhor de cada um, procure o melhor de você, sem caricaturas.
Esteja perto de quem te aceita como é, de quem deseja seu melhor, de quem te ajuda a ser melhor. Que saibamos enxergar e sentir a presença de quem se faz presente. 

(J.L.)

Escrito em 18 de Maio de 2020

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