Prece de um coração penitente
Eu talvez não saiba o que estou pedindo nem o que estou oferecendo, Senhor, mas diante dos meus pecados e querendo reparar pelos meus erros, não sabendo mais o que fazer e não tendo mais o que oferecer em reparação ofereço minha vida.
Já não é minha, mas se servir como sinal de que desejo realmente me arrepender e mudar de vida, devolvo ao Senhor o mais precioso que tenho de empréstimo.
Deixada só a mim a tarefa de me arrepender eu nunca vou conseguir. Preciso da tua compaixão e da tua misericórdia para querer me arrepender, porque até o querer arrepender-se é já uma graça tua.
Não sou como Pelágio que achava que o homem tem dentro de si suficiente bondade para conseguir todas as graças de que necessita. Eu não tenho conseguido a graça da conversão plena. Também não sou como os que acham que nada que o homem fizesse adiantaria e que ele está á mercê do bem e do mal, como um joguete das ondas.
Eu sei que posso com a tua graça. Eu sei que sem ela não posso. Sei que a correnteza é forte e me arrastará se eu depender apenas das minhas forças. Sei que com as minhas fracas forças e a tua mão poderosa e paterna eu chegarei.
Por isso, eu talvez não saiba o que peço, mas, se para reparar meus pecados for preciso minha vida, toma-a Senhor. Se me queres dar mais anos de conversão para que eu chegue a ti mais puro e realmente convertido, sejas bendito por esta graça que sei que não tenho feito por merecer.
Aceita-me Senhor do teu jeito, porque do meu não tem dado certo!
(Pe. Zezinho)