Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!







Depois daquela conversa tão boa, com um bom amigo, fiquei a repensar nas nossas palavras. Nessa nossa ânsia de amizade e de não cobrar o que não nos pertence.

Bem verdade: ninguém nos pertence, nem mesmo o amigo. A amizade se dá de forma espontânea, livre, aberta...

E quanto mais conversamos mais sinto a responsabilidade de ser amigo. Pude perceber o quanto eu e ele nos respeitamos como pessoas.

O que eu digo não deixa de fazer sentido mesmo com nossas diferenças, que não são poucas, não fazem diferença para ele.

Minha decisão não o afasta de mim e ele não está preocupado em mostrar meus erros, o que o preocupa é minha ausência porque sente falta de minhas virtudes.

E não é que aceite minhas desculpas, porque não as aceita, ele aceita a mim, como amiga, independentemente se eu o aceito ou não como amigo.

Nossa amizade cresceu muito, por causa de nossas inúmeras conversas desinteressada de nós mesmos e pelo respeito que temos um pelo outro.

Falamos de Deus, da vida, dos sonhos e das esperanças. Falamos sim de nós, falamos muito de nós, nunca exigindo, mas sempre advertindo, tanto ele quanto eu, sabemos como e por onde andar, mas não estamos isentos do erro, muitas vezes vacilamos e é por isso que precisamos um do outro.

Quando ele está adiante abrindo os caminhos me traz segurança, porém tem vezes que é necessário eu tomar este lugar, quando ele está cansado e desanimado eu rebusco uma força para poder sustentá-lo e mostrar-lhe o caminho que estamos percorrendo.

O caminho é longo... Daí vamos seguindo... Conversando...

Mas o melhor desse caminho é quando eu o abraço e sinto que ali não estou sozinha, mesmo muitas vezes fechando-me para o que é bom. É quando olho para ele e vejo que não desiste de mim mesmo sabendo das minhas descrenças. É quando não impõe nem me pede nada em troca que vivo a mais simples e pura forma de carinho de um amigo que me ensina a cada dia a ser mais humana e amiga, a ter respeito e a valorizar a tão desejada AMIZADE, no qual posso dizer confiante: Eu tenho um bom amigo!



(J.L.)

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