"É uma pena que os que perguntam sejam podados pelos que já sabem."
(J.L.)
E quando me perguntarem eu direi: Pude não ter sido feliz, mas tentei...
Sim é verdade...
O que escrevo é o que sinto!
E o que sinto nem sempre é o que eu faço
E o que faço nem sempre é o que quero
E o que quero nem sempre é o que faz bem
E o que faz bem nem sempre é o que busco
E o que busco nem sempre me faz feliz
Mas o que escrevo é o que sinto...
(J.L.)
Um soneto cheio de beleza é como uma rosa
Que sem esforço algum abre suas pétalas
E exala seu perfume.
As linhas também vão se formando
E transcrevendo o que há de mais maravilhoso no coração:
Sentimentos e Poesia ...
(J.L.)
A vitória silenciosa é tão doce
Sensação do lavar da alma
Que o tempo presenteia
Com troféu de ouro
A verdade, amigo
É a melhor arma.
(J.L.)
Nos teus braços me sinto protegida
Teu amor me envolve inteiramente
E quando estou contigo esqueço o tempo
Enfrento o que vier para estar junto de ti
Porque a coragem me pertence
Quando penso em nós
Esqueço os problemas
E me deleito em teu peito
Que me acolhe sem receio
Teu amor , meu amor
É o que tenho de melhor
Sonho real, tangível, imensurável.
(J.L.)
(Tradução: José Lira)
É preciso mudar
Mesmo que hoje não precise de motivos
Porque o novo esta sempre beirando
Recriando-se, reinventando-se
É preciso mudar
Mesmo que não seja por alguém
Porque não há quem necessite mais
Do que eu mesma
É preciso mudar
Mesmo que eu não veja oportunidades
Porque a mesmice é que atrasa
O crescimento, o desenvolvimento
É preciso mudar
Mesmo quando eu pensar que nada muda
Porque o pensamento às vezes estaciona
Bom é deixar florescer e a estação acontecer.
(J.L.)
Passo os dias nesta luta insana
De viver sem contar a idade
Sou homem selvagem em adaptação
Habitando esta era da sociedade
Meus olhos vêem os escombros
Meus pés vacilam e as vezes afundam
Grito e gemo de dor
E por vezes não tenho nenhum favor
Vida tirana esta minha
Com ares fortes e revoltos
Mãos calejadas da lida
Eu vejo o novo adiante
O horizonte que desponta
E meu instinto em sol radiante.
(J.L.)
Tem coisas que o tempo não apaga da memória
Porque o coração teima em reclamar
E mesmo que a razão queira afastar
O amor permanece lá
Tem coisas que o tempo sempre irá recordar
Porque os ouvidos ainda escutam o cantar
E mesmo que a boca diga o contrario
O amor permanece lá
Tem coisas que o tempo marca
E mesmo que passado se torne
O presente faz lembrar
Tem coisas que o tempo deixa falar
Porque o tempo não consegue ocultar
Devido ao amor, que permanece lá.
(J.L.)
Fecho os olhos
Abro meu coração
E começo minha oração
Falo muito de mim
Embora Tu, Senhor, já me conheça
Muito mais do eu mesma
Sinto Teu amor a envolver-me
Sei que sou muito ingrata
E também orgulhosa
Mas Tu tens me ensinado
Nos dias que me permite viver
Eu espero aprender o máximo
Testemunhando com fé
E quando eu fizer errado Senhor
E cair, ajude-me a ficar de pé
O que eu mais quero Meu Deus
É nunca me esquecer
De que tenho um Pai
Que com amor acolhe o meu ser.
(J.L.)
Com amor me entreguei
Com amor me dediquei
Para ao nada chegar
E as esperanças ver fracassar
Por amor eu suspirei
Por amor acreditei
Para o barco ver afundar
E os sonhos ter que sufocar
O amor é o que pode tornar comum
Porque um não ama por dois
E não há dois sem dedicação de cada um
Nem com amor valeu minhas investidas
Eu amava e lutava só
E só fiquei depois de tua partida.
(J.L.)
Ah, que seria da vida se não houvesse o amor
Se ninguém fosse capaz de dar-se ao outro
E ali depositar sua confiança
Que seria se nós, vivêssemos apenas aleatoriamente
Sem relacionamentos, sem amizades profundas
Sem nos ligarmos a nada
Se não fosse o amor que impulsiona a muitos
Nesta luta de aprender, ampliar e expandir
Sair do eu em direção a outros e progredir
Talvez não houvesse mais mundo
Porque não haveria os que lutam pela defesa do meio ambiente
Nem pela vida humana e pelas necessidades que nos cercam
Escuto por ai que o amor já deixou de existir
Mas eu ainda vejo muitos lutando e construindo
Embora ajam milhares com uma ingratidão sem fim.
(J.L.)
Desde muito nova levo isso comigo e se tem algo que eu preze é pela liberdade
Liberdade de se expressar
Liberdade de sentir
Liberdade de escolher
Liberdade de ser...
Procurei sempre construir meus relacionamentos assim, somos livres para fazermos nossas escolhas. Meus melhores amigos não são meus, todos eles tem o direito de terem outros melhores amigos que não seja eu e é por isso que não exijo nem ponho-os a prova.
Eu brinco, falo serio quando é preciso, digo o que penso da situação mas não exijo que sigam o que estou falando. Quando percebo as controvérsias, porque elas sempre existiram e me pedem para calar eu calo, e me pedem para mudar, eu mudo e se me pedem para me distanciar eu me distancio.
Se minha presença já atrapalha, se minhas ideias já atormentam não vejo o porquê de insistir. As vezes é preciso partir e naquela distancia aprender o sentido da liberdade.
Ninguém tem o direito de exigir que se goste ou não do outro. Eu já perdi muitos que considerava amigos e já ganhei amigos que considerava apenas conhecidos.
Muitos se foram sem nada dizer e eu chorei pela perda, outros se foram deixando feridas e nostalgia e choro até hoje porque a saudade anda de mãos dadas com essa liberdade que na lembrança por vezes fere e dói.
Mas não há nada melhor que saber que você permitiu que o outro pudesse escolher e que você soube perder, porque pior que isso, é a mendicância de um sentimento que você tem e outro não tem por você.
“Das coisas que acredito e sinto
Eu não tenho medo de dizê-las
Mas às vezes é preciso sufocá-las.”
(J.L.)
Dizer que não me arrependo de nada seria mentir
Porque me arrependo sim, de muitas coisas
E claro, se acontecesse de novo eu não mais viveria ou escolheria tal situação.
Arrependo-me de não dar credito a quem me aconselhou, a quem viu mais que eu
De ter sido ingênua, talvez até boba em tantas situações
Eu só não me arrependo de minha sinceridade
Essa eu faço o tanto quanto puder, mas fingir ou camuflá-la não
Muito menos colocar culpas em outra pessoa pelos meus erros
Eu arrependo-me de errar mas não fico ali, parada no erro vestindo pose de certa
Se for pra baixar a cabeça eu baixo sem arrependimento ou orgulho
Porém não admito que me dêem erros que não são meus
Penso que o homem deve ter consciência dos atos mesmo sabendo que não está ileso de erros, mas errar e colocar culpa no outro pelo que ele não teve competência de assumir é de fato uma covardia. E para mim, o homem que se acovarda diante de decisões que dependem unicamente dele torna-se fracassado.
Eu posso ser fraca e errar. E posso escolher corrigir. Sempre posso escolher entre arrepender-me e tentar melhorar ou acovardar-me e seguir como se nada tivesse acontecido.
Muitos seguem... Sem arrependimentos...
A vida não é luta de vale tudo. A vida é o que te pergunta: O que fizeste de ti?
(J.L.)
Hoje escutei aquela musica
Que cantei muitas vezes pra ti
Quando ouvi o toque do violão
O aperto tomou meu coração
É tão triste recordar
O que a canção era esperança
E que o momento me fazia só
Tão só, lembranças apenas...
Não sei porque ficam tantas marcas
Eu queria que fosse diferente
É por isso que eu preciso estar distante
Para nunca poder te sentir presente.
(J.L.)
Eu fico vendo e ouvindo
Pessoas imaginarem coisas a meu respeito
De como estou
De que mudei
De que preciso sei lá de que
Eu fico vendo e ouvindo
Um e outro se manifestarem e perguntarem
Sempre as mesmas coisas
E tecerem ideias cômicas até
Porém isso pouco me importa
Imaginem o que quiser
Só é uma pena ninguém poder ver
O que de certo toma meus pensamentos
E transforma minhas atitudes
Talvez se vissem calariam
Diante do que não precisa de explicação
(J.L.)
Cada dia mais longe estou
Já gosto desta minha ausência
De observar distante
De silenciar meu riso
A gente vai se afastando
Do tempo e das coisas
De pessoas e de vontades
Já não é mais como antes
O que ficou foi bem pouco
E a qualidade não mudou
Um ou dois amigos ainda restou
Não preciso de muita coisa
Além de me refazer
O que vai e o que fica só eu sei dizer.
(J.L.)
Vou para onde devo
Longe de mim mesma
Deixando para trás
O que não acredito mais
Vou para onde devo
Distante das ilusões
Sozinha caminho
Vou pra longe das multidões
Vou para onde devo
Sem nada a esperar
Passos lentos no caminhar
Mas onde quer que vá
Oh sim! Levo em mim
As dores que fazem chorar.
( J.L.)
De Deus eu não sei muita coisa
Mesmo procurando-o
E tentando conhecê-lo mais.
De Deus eu não sei o tanto que Ele fez e faz.
De tudo que leio no livro sagrado
De tudo que procuro aprender
De tudo que escuto dos que o encontraram
De todos os milagres que são proferidos
De toda justiça que aos justo traz
De Deus eu não sei porque sempre faz
De Deus eu não sei muita coisa
Além do que me permitiu conhecer
Ver as leis que regem nosso relacionamento
Com Ele mesmo e com os outros
Nos deixando neste livre arbítrio
De escolhermos estar presos ou soltos
De todos os caminhos que passei
De todas as lágrimas de sufoco
De todas as buscas desesperadas
De Deus só sei que não sei quase nada.
(J.L.)
Meu silêncio me ensinava a ti amar
Quando me recriminava com suas indagações
Quando mostrava meus tropeços sem olhar os teus
Quando eu olhava na esperança de que pudesse olhar para ti mesmo
Meu silêncio me fez assumir culpas
Quando julgava meu jeito, meus modos
Quando proferia palavras duras e esperava reação
Quando não estava certo mas não queria estar errado
Meu silêncio olhava perto, tímido
Quando só queria evitar brigas e aproveitar o tempo
Quando sabia que não adiantava falar
Quando não sabia como devia me portar
Meu silêncio me calava sempre
Quando eu sabia que amava tanto
Quando o coração chorava por tê-lo como incompreensivo
Quando apenas queria ser feliz sem enfatizar teus erros
Meu silêncio me calava sim
Por renunciar muito de mim
Porque o que bastava era amar e não me ligar a defeitos
E amar não bastava para quem se achava tão perfeito.
(J.L.)