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Quarto cansado das minhas lágrimas
Eu cansada de mim
Saí em meio a esta madruga
Queria ar puro
Ar puro disse eu?
Não se pode respirar o que não se sente mais
Sinto-me asfixiada por dentro
Queria ver alguma forma de vida
Porém só via a triste madrugada
A triste avenida, silenciosa como eu
Andei...
Pés descalços naquele asfalto
Um frio vento, tanto quanto eu
O rosto molhado
E o caminho que fazia era marcado pelas gotas que escorriam
Sentei...
Naquela calçada perdi meu olhar no nada
O coração era como que esmagado
Era como se não existisse mais
Como se conhecesse a própria morte
O pleno vazio
Passou um conhecido que disse:
“O que faz ai menina?”
Não respondi e ele continuou sua caminhada
É, eu era uma menina já fadigada
Nem vi as horas passar
E o tempo já não me preocupava
Não fazia sentido algum
Voltei...
Em casa tudo normal
Só havia uma coisa estranha
Eu mesma
Com a cabeça ao travesseiro
Que agora servia como lenço
Pensei...
Dorme menina
Porque mais tarde
É hora de brincar de viver
(J.L.)
1 comentários:
tão lindossss esses poemas que eu viajo...
Dorme menina
Porque mais tarde
É hora de brincar de viver(ameiii!!!!)
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