Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Quarto cansado das minhas lágrimas

Eu cansada de mim

Saí em meio a esta madruga

Queria ar puro

Ar puro disse eu?

Não se pode respirar o que não se sente mais

Sinto-me asfixiada por dentro

Queria ver alguma forma de vida

Porém só via a triste madrugada

A triste avenida, silenciosa como eu

Andei...

Pés descalços naquele asfalto

Um frio vento, tanto quanto eu

O rosto molhado

E o caminho que fazia era marcado pelas gotas que escorriam

Sentei...

Naquela calçada perdi meu olhar no nada

O coração era como que esmagado

Era como se não existisse mais

Como se conhecesse a própria morte

O pleno vazio

Passou um conhecido que disse:

“O que faz ai menina?”

Não respondi e ele continuou sua caminhada

É, eu era uma menina já fadigada

Nem vi as horas passar

E o tempo já não me preocupava

Não fazia sentido algum

Voltei...

Em casa tudo normal

Só havia uma coisa estranha

Eu mesma

Com a cabeça ao travesseiro

Que agora servia como lenço

Pensei...

Dorme menina

Porque mais tarde

É hora de brincar de viver


(J.L.)

1 comentários:

thalita luana disse...

tão lindossss esses poemas que eu viajo...
Dorme menina

Porque mais tarde

É hora de brincar de viver(ameiii!!!!)