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Cem dias na tentativa de esquecimento
Mergulhada na dor, na ausência
De mim e dos outros
No pranto da solidão
Todo dia se destrói uma esperança
Para que vale a confiança?
Poucos são os que a retém
Só os grandes a contém
Tentar-se refazer depois da caótica destruição
Depois de tê-la perdido
De ver destruído os sonhos
A crença na afeição daquele sentimento
Idealizados sozinhos
Eu sempre estive só
Todo o tempo foi projeção
Refletida em conto de fadas
Se eu fosse boa o bastante não teria ouvido tais palavras
Ninguém deseja que o melhor saia de sua vida
A não ser que não exista o melhor
Porque se existisse haveria contentamento
Basta relembrar a indiferença
Para sentir a repulsa
De quando alguém corta a corda e do precipício se cai
Tão longe, muito longe , para longe fui
Distante do meu querer
Esquecida de meu ser
Não há o que reconstruir
Um dos arquitetos perdeu-se no projeto
A mentira sabe como romper alicerces
Sabe como ferir o coração
Sabe como desbotar a cor
E assim nascem os céticos
Retraída pelos princípios
De que vale um homem sem princípios?
Foram por eles que se estabeleceu toda queda
De humanidade e de esperança
Fico aqui a ver passar por entre os dias
As dores? As lembranças? A essência?
Fazem cem dias
Sem dias...
(J.L.)
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