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Sinto a lágrima que cai
Doendo no íntimo da alma
Queimando-me sem pudor
Pela ferida que deixou
Ó dor que não me abandona
Que não há como remediar
Trepida meu pensamento
Dilacerando todo o limiar
Cai a noite o meu pranto
Sedenta de alento calmante
Pelo que não há como curar
É o amor doído e traído
Pelo jurar do teu amar
E repudiado só sabe chorar.
(J.L.)
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