Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!





Foi belo quando eu, barco, despojei-me ao Mar
Essa era minha sina
Singrar e singrar
Navegar pelas densas águas

Adentrei no teu infinito
Descobri tuas revoltas nas tempestades
Eu resisti, dia e noite eu insisti e resisti
Mas despedacei-me em alguns momentos

Hora e outra voltava ao cais para me recompor
Triste por vezes sentia muita dor
É grande tua beleza, mas é insondável
E eu já vejo meu fim em um  breve velejar

Meu destino é navegar
Por que temeria eu a minha morte?
Se este é meu ofício
Fui feito para o mar e no mar quero ficar

Assim como foi meu começo
Que seja o meu fim, no infinito...
Infinito que me atrai e me leva a Amar.
Sempre A-mar. 

(J.L.)

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