Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Caem as folhas secas

Estas, levadas pelo vento

Arvores sem vida, sem verde

Sem essência

Caem também meu riso

Aquele jeito de ser contente

Foi levado pelo Amor tão indecente

O outono anuncia uma nova estação

Onde tudo será regado

E logo ficará renovado

Meu outono virou foi deserto

Meu caminho é incerto

Não quero mais nada regar

Quero antes a queimada

Ó fulga tão armada

O desprezo de tal amor

Quero a erosão

Um furacão

Com toda fúria de destruição

Não quero miragem

Antes a secagem

O fim da ilusão

Não quero mais nenhuma lágrima

Seque tudo em meu coração

Que nada mais tire minha razão

Seja sempre um outono deserto

Esse amor sem noção

Sem estação.

( J.L.)

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