Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Os olhos nunca mentem, se fogem há algo de errado, os olhos são comprometidos com a verdade. Pode parecer estranho, mas eu gosto de olhar profundo, na íris, é quando sabemos que a atenção de fato está ali presente. Quando não temos a atenção tudo é superficial, vago, distraído...
 
Não interesso-me em conversas que não me olham no olho, gosto da verdade mesmo que a boca não fale. Nessa procura não é tão difícil perceber os medos, as fugas, a mentira, a desconfiança... As pessoas estão cada vez mais desacreditadas, às vezes até delas mesmas, vivem tantas máscaras que acabam esquecendo de quem são, do que querem, do que buscam...
 
Os olhares estão se perdendo, vazios como que quisessem tudo, tristes como que não querem mais nada, refletem o ser da alma, que anda abatida com as descrenças da própria natureza. Se observarmos mesmo, de verdade, veremos tantos abatidos, cabisbaixos e muitos sem nem conseguirem falar ao certo sobre o que sente. Eu sempre penso, que os olhos procuram olhos que querem ver e é justamente ai quando brilham, quando nos encontramos com quem quer nos enxergar. 

Está faltando muito hoje em dia, quem nos queira ver sem nos julgar, aceitar nossos erros, nosso jeito e sem receio queira nos acrescentar. Faça um favor, olhe, olhe bem, se você não consegue ver talvez precise antes encontrar o seu próprio olhar, não se pode exigir dos outros algo que ainda não encontramos dentro de nós mesmos.

 (J.L.)

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