Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!









Se não fosse aqueles que acolhem o pior de mim e permanecem ao meu lado mostrando o que tenho de melhor, mesmo diante das minhas insanas incompreensões e de meus limites, eu já nem sei como estaria. 


São poucos, mas são os que enxergaram o que eu mesma não consegui ver, são os que puderam ser meus olhos quando a cegueira me tomou, são os que puderam ser minha reflexão quando não consegui pensar, são os que foram meu riso quando derramei lágrimas, são os que foram presença quando vivi a solidão, são os que foram ouvidos quando pratiquei a surdez, foram os que me apontaram o caminho quando eu quis parar, foram os que me abraçaram quando perdi a vontade, foram os que rezaram quando pedi angustiante, foram os tiveram mais fé para me mostrar luz, foram os que me falaram de Deus...


São poucos e talvez com minha ingratidão eu ainda nem os saiba reconhecê-los e agradecer direito, o que pouco sei é isso, refletir que mesmo pensando tantas vezes estar só ou me perdi de mim mesma, existia alguém para tentar me relembrar de quem eu sou, mesmo com toda minha imperfeição.


Eu oro e agradeço à Deus, por aqueles que eu percebo e por aqueles que ainda não consegui perceber mas que torcem e rezam por mim também e não desistiram de ver algo bom mesmo diante de toda a minha precariedade. E peço perdão meus poucos e nobres amigos, muitas vezes isso me constrange, tento viver esse aprendizado constante do Amor, mas nem sempre acerto, essa cartilha eu bem sei que não tem medida, é na gratuidade que faz, quero um dia poder retribuir cada um que me dedicou o seu amor quando eu menos mereci.



(J.L.)

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