Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!




 


(Lc 17,11-19)
Já ouvi várias homilias sobre este evangelho e todas me tocaram de forma única. Quantos vão à procura de Jesus procurando curas mas não estão de fato atentos às suas palavras e às graças que Ele concede, nem tão pouco querem se livrar de suas lepras.
Dez leprosos o procuraram, marcados pela insensibilidade da doença, quantos o procuram mas continuam com a insensibilidade do coração?
Dez leprosos foram curados mas apenas um retornou para se prostrar e dar glórias, apenas um permitiu- se mais, apenas um foi grato, apenas um reconheceu de fato o milagre.
Quantos estão caminhando sem ver as bênçãos que Deus concede? Quantos estão voltados para si que apenas veem a generosidade dos outros e pensam que são merecedores e vivem em seus egoísmos? Quantos perdidos de si mesmo são incapazes de ver e sentir ?
Feliz daquele que vendo-se liberto da insensibilidade enche-se de gratidão, acolhe o milagre, este é reconhecido como homem de fé, porque não basta saber de Cristo, não basta dizer que ouviu uma pregação, não basta dizer que o encontrou, há de se acreditar, há de se prostrar e só assim, não só as mazelas do corpo, como também as da alma ão de se disparem e gerar um coração leve, um coração agradecido, um coração aberto... Se te peço algo Senhor, é que não me tornes insensível, que as lepras da vida não dominem meu corpo, nem meu coração, nem minha alma. Se disseres uma palavra eu serei curada, não sou merecedora eu bem sei, mas que Tu ainda encontres em mim alguma fé, mesmo que pequenina. Que meus olhos estejam atentos aos teus cuidados para que eu não rejeite as bênçãos e não viva a lamentar porquês se eu mesma não sou capaz de reconhecer o bem que me acontece.

(J.L.)

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