Às vezes vamos para longe, tentando minimizar alguns
porquês, mas nada nos abandona se assim não permitirmos. A alegria não nos abandona
se queremos ser alegres, a tristeza não nos abandona se queremos ser tristes, como
também o amor não o encontraremos se não o reconhecermos nos pequenos gestos.
Às vezes vamos para longe, pensando que teremos as coisas que ainda não temos
no lugar que estamos e vamos nos distanciando mais ainda de quem somos
verdadeiramente.
Podemos ir a qualquer lugar e tudo continuará do mesmo jeito da mesma forma. Se
não estivermos abertos a novas cores, a novos aromas que adianta ir ao campo?
Nossos sentidos precisam sentir mais, não para sermos mutantes sem limites, mas
para aprendermos os gostos e aquilo que nos proporciona melhorias.
A mente precisa respirar o que as narinas inalam, precisa observar o que os
olhos veem, precisa tocar o que as mãos apalpam, ouvir o que talvez as palavras não dizem, apreciar o que a boca degusta, precisa compreender o que o
coração sente, não apenas pela propriedade, mas pela experiência que permite
mais e melhores escolhas.
(J.L.)
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