De repente a gente sente falta de alguém, alguém para nos
escutar, nos abraçar, nos dar aquele colo quando birramos.
Alguém para rir das nossas bobagens, falar das nossas
vitórias, contar sobre nossos anseios, dividir os sonhos.
Alguém para ouvir músicas, cantar alto e desafinado, colar o
rosto um no outro e dançar até uma valsa imaginária, de olhos fechados, sem se
importar com nada.
Alguém para assistir tv, questionar preferencias de canais e
programações, por um filme e fazer uma pipoca com direito a beijinhos rápidos ou
ir ao cinema sem ter programado, tirar par ou ímpar para quem decide qual filme
e deixar as horas passar de mãos dadas.
Alguém para ligar cedinho, desejar bom dia e no fim do mesmo
perguntar como foi escutando atentamente todos os prós e contras do dia-a-dia e
depois do encontro noturno ouvir o toque especial do celular, mesmo tendo
acabado de ver um ao outro, mas a saudade bateu forte e ainda queremos ouvir a
voz e dar mais de dez boas noites porque nenhum tem coragem de desligar
primeiro.
Alguém para dar aquela força na fossa, levantar nosso animo,
ter lá os desentendimentos e depois fazer as pazes dando todos os carinhos
negados em uma hora de cara feia.
De repente a gente sente falta de alguém, que não tem nome nem
sobrenome, que ainda não conheceu e se conheceu ainda deve tá um chove num molha
que as vezes é irritante porque alguém quer ser feliz, mas alguém não tem
coragem, daí alguém fica assim, só sentindo falta...
(J.L.)
0 comentários:
Postar um comentário