Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Tinha vento forte
Eu aspirava por navegar apenas
Preocupava-me com meu velejar
Não sei me prender a nenhum cais
Não sei te olhar e ficar em paz


Se tantas vezes me interrogas
Instiga-me por não querer tuas profundezas
Confesso, gosto de ver o sol, sentir a brisa
Não quero afundar
Não sei me abandonar


E velejo mundo afora
Que tenha ou não a tua fúria
Não vou embora
Vou navegar
Não sei amar


Sou barco para andar sobre Ti
Quando penso que te pertenço
Retenho-me com furor
Aspiro ares também de mistérios
Um dia venho, um dia vou


Só sei que nosso melhor jeito é assim
Eu ser quem sou
Tu seres quem és
Cada um com seus mistérios
Seus anseios e sonhos controversos.


(J.L.)


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