Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!







Deparo-me constantemente com alguns embates afetivos na vida, é certo que ninguém tem Phd em relacionamento, todos os dias as pessoas com quem convivemos e mantemos contato direto ou indiretamente, devido à chuva de informações via internet, nos moldam, nos influenciam, nos ensinam coisas boas e ruins e vai nos transformando...

Se antes, quando havia mais proximidade, mais diálogos, hoje passamos pelas tempestades de muitos copos d’aguas pela falta de interpretação coerente das leituras das quais nos dedicamos nestas redes sociais e as pessoas vão ficando distantes... de si mesmas e dos outros ...

Sentimentos banalizados, mentalidades extremistas, narcisismo, são fáceis de se encontrar, não sei se antes tudo era reprimido ou se de repente as pessoas resolveram vomitar seus pobres, suas dores, que quase ninguém tá nem aí mesmo para o que você tá fazendo ou dizendo, porque ela tá muito preocupada com ela mesma.

Iniciei esse texto pensando tantas coisas, querendo mesmo falar do sentimento de amizade, bem escarço nesta sociedade de cultuação do “ Eu”, parar, pensar e escrever, até pra eu poder compreender minha parcela, seja de culpa ou de alguma contribuição que eu deva dá.

Experimentei muitas faces das moedas, esperei muito de algumas pessoas, decepcionei-me e chorei muito por querer compreender motivos que talvez nunca serão explicados e tive de redesenhar minhas esperanças quando essa queria se descolorir, porque muitas pinturas que fiz foram erradas, borraram ou estavam além da tela que lhes competia. E fui percebendo que é sempre assim, poucas coisas terão conformidades, principalmente o ser humano, que se transforma diariamente, tudo pode mudar, sentimentos, pessoas, atitudes... nem tudo vai se adequar a nós perfeitamente, teremos muito que aparar na vida e esses processos são dolorosos, mas podemos ajustar muitos deles, começando pela nossa forma de pensar que temos direito  e mais direitos sem que passemos pelos deveres, sempre terá dois lados e nem sempre estaremos do lado certo, essa travessia para outros lados requer desapegos, do ego, de “direitos”, pensamentos, atitudes. Virar significa dar-se a oportunidade de ver o outro, o outro outro e outro lado que não é o seu. Entendeu?

E por isso eu desmitifiquei muitas coisas, como por exemplo, nem sempre quem te abraça quer o teu bem, quem te diz na cara o que ninguém fala quer o seu bem, que amigo entende tua hora e até te dá um puxão de orelha se for necessário, que o Amor prometido é fácil mascarar e Amor nunca explicito é fácil de se sentir, que minha dor muitas vezes é pequena quando paro para escutar outras pessoas e que o mundo não é como eu quero, nem como você quer, mas pode ser melhor quando nos tornamos melhores...

E assim vou... pensando... refletindo... mudando...

(J.L.)

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