Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!






Amei-te quando ouvi falarem de ti
Pelos ouvidos nasceu tal sentimento
E que alegria foi quando meus olhos puderam te ver
Quando apareceu naquela porta procurando por alguém
E foi eu que encontrei quem eu já amava sem ver

Amei-te quando ouvi sua voz, quando vi seu sorrir
Quando olhei seus olhos timidamente
Meu coração falava comigo: É ele!
E em poucos minutos você se foi dali
Mas depois deste dia eu jamais o esqueci

Ficamos amigos e era tão nítido o que sentíamos
Todos percebiam a reciprocidade, a conexão
Nossos olhos sempre se procuravam
Nossas mãos queriam estar juntas
Eu te amava e você me amava, eu sei

Você tentou, eu resisti
Era tão intenso que eu vivi as controversas
De querer e não querer
De sentir e não sentir
De te ter e não ter

E foi assim a vida inteira
Nos amamos na esperança
No adeus de cada partida
Na distancia que nos afastava
Na dúvida se gostávamos ou não um do outro

Foi esse platonismo louco
De sempre que ouvia teu nome
Ou sentia teu cheiro
Ou ouvia a chuva que tanto impediu nossos beijos
Que me inspirou tantos versos

Foi de detestar teus vacilos que recuei
Foi de ilusões de adolescente que mal conhecia a vida, pensei
Dos ciúmes bobos e orgulhos menores que criei
Foi das lágrimas e dor de não acreditar, duvidei
Foi de amar amando, nunca dito
Mesmo olhando-te profundamente

(J.L.)





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