Sim, eu falo pelos cotovelos e consigo silenciar de forma
mais abrupta que puder, gosto do movimento, do barulho, como cultivo
intensamente a calmaria, vivo os dois lados da moeda, as controvérsias da vida,
já vivi infernos e experimentei de paraísos, digo as palavras “sempre” e “
nunca” mesmo sem compreender suas profundidades, sou intensa e preciso desses advérbios
mesmo sabendo da limitação que somos.
Mas uma coisa é certa, não quero que ninguém engula minhas
ideias de goela abaixo, não sou dona da razão, nem detenho todo o conhecimento,
tenho minhas opiniões que nem sempre são agradáveis aos ouvidos e tão certo é
também que gosto de ouvir os outros e tentar compreende-los em suas palavras.
Sou do tipo que dificilmente vai expor algo se não for questionada,
do tipo que não vou a algum lugar sem ser convidada, do tipo que se convidarem
e não me derem abertura vou entrar muda e sair calada, também não ando por ai
reclamando da vida, vendo dificuldade em tudo, sou do tipo que acorda pela
manhã e diz: Bom dia Vida e obrigada Senhor por este dia!
A gente vai aprendendo tanta coisa nessa vida e vai mudando,
se ajustando, às vezes acho que fiquei mais cabeça dura, outras que estou mais maleável,
em outras já acho que não sei mais é de nada, mas confesso, tenho sede de
aprender, me descubro sempre assim, uma pessoa curiosa, como se a vida fosse
começar agora...
Já vive tantos altos e baixos e fui descobrindo nas ações
tensas da vida a superação, um sorriso após a lágrima, o perdão após a
decepção, sofrer sem deixar de amar e continuar... Viver acreditando, no bem,
no bom, no melhor que ainda pode acontecer. Se eu fosse um pintor teria telas
de todas as cores, teria telas com todas as estações da vida e nesse exato
momento eu estaria pintando algo em tons brancos e azuis claros, cintilantes,
estou em uma fase que me sinto bem, tranquila, leve, sim, nessa tela teria certamente
um pássaro, livre, buscando sempre o horizonte...
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