Deixo aqui um pouco de mim. Deixe-me um pouco de você!







Eu sempre respeitei as distâncias, mesmo sofrendo com elas, mesmo perdendo com elas
Eu nunca soube insistir, nem persuadir com minha presença
Eu sempre acreditei que a melhor forma é receber em liberdade os sentimentos
Eu sempre quis acreditar no sentimento, mas descobri que há muita covardia, pouca certeza e muito medo
Eu nunca soube lidar com as indecisões, com aquelas exclamações de : Ah não sei!
E os olhares distanciaram-se e a indiferença venceu
Vez por outra me remetem pensamentos que sem definições se interrogam
Uma saudade, uma ausência daqueles gestos simples, desprendidos e receiosos
Que me afastaram sem nada falar, bastou-me os olhares
Cabisbaixa, sentindo a dor do que não pode ser e aceitar aquele empurrão
Menosprezo de um amor que o tempo não apaga, mas que os muros separaram e o que estava perto se fez longe, indiscutívelmente se perdeu.

(J.L.)

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